Há 31 anos, nesse dia tão especial, nascia uma pessoa que mal sabia que iria inspirar tantas pessoas. Hoje, 24 de março, María Valverde completa mais um ano de muito talento, amor e bondade.
Nós gostaríamos de desejar muita saúde, felicidade, êxito em seus novos projetos e vida pessoal. Te amamos! ❤
E para comemorar esse dia, reunimos algumas coisas importantes da carreira da atriz.
Confiram duas imagens inéditas do ensaio promocional para a série “La Fuga”.
Além do ensaio e entrevista, María gravou um vídeo exclusivo para a Vogue revelando algumas coisas que são necessárias para se tornar uma atriz. Assista o vídeo legendado:
Começando o ano daquele jeito… Conforme publicamos aqui, María participou do novo videoclipe da cantora e atriz francesa SoKo, e, para nossa felicidade, agora podemos ver o resultado do trabalho! Assista o clipe na integra:
Sergi Margalef, fotógrafo que realizou um ensaio com María em meados de 2011, postou algumas imagens inéditas dos bastidores em seu instagram. Veja as fotos em nossa galeria (e não deixem de curti-las na página do mesmo):
María Valverde é um dos destaques da edição de fevereiro da conceituada revista Vogue. Além do ensaio exclusivo, a atriz concedeu uma entrevista MARAVILHOSA, onde falou sobre assédio, diferença de salário e muito mais. Leia tudo abaixo:
Talento precoce, beleza de delicadeza singular e com uma brilhante carreira guiada com determinação, María Valverde inicia uma nova etapa. Morando em Los Angeles – cidade para a qual se mudou com seu marido – e depois de um ano cheio de satisfação profissional e pessoal, a atriz confessa que ela tem um plano: fazer as coisas do seu jeito.
Aos 30 anos ela trabalhou em tantos filmes quanto sua idade indica, e isso deveria torna-la uma pessoa inquieta. Mas quando María Valverde (Madrid, 1987) abre a boca e os olhos para oferecer sua visão do mundo e o amor por sua profissão, a calma e serenidade congelam a cena. Ela faz isso com uma xícara de chá quente em um estúdio em Belleville, um bairro humilde e cheio de cultura no nordeste de Paris, depois de um sessão de fotos onde ela foi caracterizada com roupas elaboradas à base de penas, etéreas e delicadas como suas características.
“Eu acho incrível que hoje ainda há dias para sessões de fotos como essa. Cuidadosas, detalhadas e com vocação artística”, ela sussurra. Sua voz suave, a crina no cabelo e um nariz aquilino envolvem a personalidade desta mulher que começou a brilhar quando criança, em La Flaqueza del Bolchevique (Manuel Martín Cuenca, 2003), um papel que conquistou o Goya de Melhor Atriz Revelação daquele ano. “Então eu era uma adolescente que parecia mais velha e pensava que sabia tudo, mas na realidade eu era muito desajeitada e mais ingênua do que eu admitia”, ela confessa. Com a fama servida em bandeja (midiática), escolheu tomar as rédeas de sua carreira e uma vida com mudanças constantes que deram seus frutos em filmes como Plonger (2017), o segundo longa-metragem como diretora da francesa Melanie Laurent. “Ao fim, consegui dedicar-me ao cinema que me encanta, e não ao contrario”, explica. “Esse era o objetivo mais importante, e é um triunfo pessoal te-lo conseguido.”
“Eu lembro como se fosse ontem a primeira risada que surgiu no set”, lembra a diretora francesa Mélanie Laurent. Mais conhecida como atriz pelo blockbuster Bastardos Inglórios (Quentin Tarantino, 2009), ela descobriu Valverde através de Melissa P. (2005), filme do italiano Luca Guadagnino inspirado em um romance autobiográfico sobre uma jovem siciliana com instintos de Lolita. “Eu me apaixonei pela complexidade com que nutre a personagem, no pleno despertar sexual, mas com grande maturidade. Naquele momento eu sabia que era uma estrela, por causa de seu magnetismo inexplicável”. Na história de Plonger (Sem distribuidora na Espanha), Maria é uma fotógrafa que se apaixona pelo personagem do ator Gilles Lellouche, se muda para Paris e acaba envolvida em um involuntário conflito de maternidade.
“Eu fiz o teste no verão de 2016, e não tive mais noticias. Em outubro, o produtor do filme, Cédric Klapisch, queria ter uma reunião comigo através do Skype, e pouco depois, me contaram que ele pediu para Mélanie rever as audições das atrizes estrangeiras. Ele me encontrou logo depois, no Hotel Costes em Paris, e conversamos sobre a personagem, nossos companheiros, e nossas próprias reflexões. Foi mais um encontro as cegas do que uma reunião profissional, acho que nos apaixonamos”, lembra emocionada.
Sua interlocutora, que também trabalhou com Valverde no filme “Galveston” – que estreia em outubro – lembra aquela tarde com o mesmo carinho. “Eu a vi como alguém que não tenta exagerar ou chamar atenção, apenas ser ela mesma. No set minha surpresa foi ainda maior. Ela não sabia falar francês, mas aprendeu por fonética em questão de dias. Não sabia nadar e aprendeu a mergulhar em horas. Maria trabalha incansavelmente, mas isso não impede que ela sempre esteja de bom humor, e é por isso que essa risada foi tão crucial. Foi um longo e difícil dia, a equipe estava cansada e as reservas estavam um pouco baixas. Mas sua risada, magnética e contagiosa, era como um sopro de ar fresco para que este projeto pudesse ser tão mágico.”
Interpretar uma mãe infeliz não é um desafio isolado na pista de obstáculos que Valverde atravessou antes da maioridade. Nestes 15 anos de carreira, ela encarnou mulheres tão complexas quanto a estudante universitária de “Madri, 1987″ (David Trueba, 2011) que se apaixonou por um escritor veterano na pele de José Sacristán; a Condessa Renatta de “Across the River and Into the Trees” (adaptação do romance de Ernest Hemingway); ou Zipporah, esposa de Moisés, na superprodução “Exodus: Gods and Kings”. “Uma trajetória da qual é impossível não ser fanático”, diz o diretor Fernando González Molina.
“Aconteceu poucas vezes comigo, pensar claramente em poucos minutos que um papel era para alguém. Tínhamos visto uma centena de atrizes para o personagem e, de repete, ela entrou com a cara lavada e um olhar poderoso. O contraste maravilhoso entre doçura e sofisticação, entre amadurecimento e frescor, foi propicio que Babi tenha feito através de Maria a viagem completa da inocência inicial ate o final da historia e em sua continuação, em ‘Tengo Ganas de Ti’ (2012). Isso, junto a sua química com Mario Casas, coprotagonista do filme, nos imergiu em uma viagem pessoal que guardarei, provavelmente, como a maior da minha carreira. Suponho que por isso o filme continue sendo uma referencia tantos anos depois: pela emoção honesta que encontramos nela.”
Outro fator para se orgulhar, um que sempre tem a acompanhando, é o esforço incansável pelo qual trabalhou em toda sua filmografia. “Maria vive sua profissão como um exercício de risco. Poderia ter ficado na Espanha e ter gravado outros vinte ‘Tres Metros Sobre el Cielo’ ou ‘Tenho Ganas de Ti’, e mesmo assim não teria arrependimentos”, diz Molina. Em vez disso, ela embarcou em 2014 em uma jornada profissional que a levou para viver no Azerbaidjão, Londres, Paris e Los Angeles, onde reside atualmente junto com seu marido, o diretor da Orquestra Filarmônica de Los Angeles, Gustavo Dudamel. “Me mudei exclusivamente por amor, essa cidade não é tão fácil para mim. É um lugar muito passivo-agressivo, mais complexo do que Londres, onde vivi dois anos. Minha conclusão é que sua casa é você, coisa que eu esqueci muitas vezes e em um lugar como este, é conveniente ter esse pensamento em mente para não se sentir perdido. Mas eu sou teimosa e nunca desisto: vou me apaixonar por Los Angeles”. A obstinação é uma das suas características quase menos conhecida, responsável pela escolha de rejeitar um projeto quando soube da notícia que seu companheiro de atuação havia recebido um salário significativamente mais alto.
Como seus produtores argumentaram sobre a decisão?
Eles vieram dizer que eu não podia cobrar o mesmo salário do ator, apesar de que nós dois éramos protagonistas. Eu disse que perfeito, mas que não faria o papel.
Além de Mélanie Laurent, a grande maioria de seus projetos foram dirigidos por homens. Está faltando oportunidades para mulheres cineastas?
Absolutamente. As mulheres continuam a desempenhar um papel minoritário e as coisas vão mudando lentamente, mas estamos a poucos anos luz do que o gênero masculino conquistou. As mulheres tiveram que desempenhar um papel se passando por homens. Elas tiveram que tomar atitudes que se supunham ser masculinas. Mas estamos cansadas, e é maravilhoso ser participante e espectadora dessa nova era.
Por que você acha que o escândalo do caso Harvey Weinstein foi necessário para esse despertar coletivo?
Por medo. Eu acredito que uma mulher, quando tem que enfrentar uma experiência traumática desse tipo, sua primeira reação é não admitir isso. Ela a esconde e tenta mantê-la em uma gaveta de sua mente para que nada a invada.
Você se viu em alguma dessas situações?
Sim. Tive uma experiência muito ruim com um diretor, mas soube como lidar com a situação e consegui pará-la a tempo. Em qualquer caso, se o testemunho de mulheres que falara até agora, em qualquer lugar do mundo, ajudou para que outras fossem capazes de fazer o mesmo e a falar alto e claro o que aconteceu no passado, e tudo o que não estamos dispostas a admitir no futuro, já cobrimos uma parte muito importante do caminho. Infelizmente, a indústria cinematográfica é uma das mais sexistas e o poder exercido pelos homens sobre as mulheres é quase uma base sobre a qual toda sua história foi construída. Aplica-se em situações que vão desde o tapete vermelho, onde as legendas das fotos sobre o carisma e talento delas são substituídas por seus vestidos e saltos, assim como a diferença salarial com que me cruzei naquele caso. As mulheres tiveram que desempenhar um papel historicamente feminino, e quando levantaram a voz e adquiriram uma atitude que até agora era patrimônio dos homens, isso foi gerando uma visão depreciativa para algumas. Mas, felizmente, paramos de nos importar com isso.
Afinal, o que aconteceu com aquele filme?
Acabaram me oferecendo o mesmo salário. E aceitei.
Essa audácia, de acordo com as contas, funcionou. Como na tarde de março do ano passado, em que se casou com Dudamel, que a acompanha hoje na sessão de fotos. Ou como na noite de 31 de janeiro de 2004, quando assistiu aos Prêmios Goya com um vestido de limão amarelo de Elisa Bracci. “Não havia risco: María não havia pisado em um tapete vermelho e já era uma estrela. O vestido era, na verdade, dois: sobre a estrutura de tule, um tecido chiffon da mesma cor flutuava em torno de sua silhueta. Era como uma aura de luz sobre a sua própria,” lembra Bracci.
O número de apostas pessoais que ela fez desde então é diretamente proporcional ao volume de papéis que interpretou, mas agora seu plano é precisamente parar de fazer números. Em sua filmografia não podemos ver suas próximas atividades, tampouco projetos secretos do tipo que várias atrizes falam em entrevistas. Mas Valverde não parece intimidada pelo futuro, longe disso. “Eu sou muito exigente comigo mesma, então deixei de cronometrar minha carreira e planejar os próximos dias. Participei de cinema comercial independente, com muito dinheiro no meio ou praticamente sem cobrar… e sempre cheguei no mesmo ponto de partida. Quero que meu trabalho me enriqueça tanto quanto a minha vida pessoal, mas sei que nem sempre pode ser assim. Este ano, sem ir mais longe, aguento alguns projetos que acabaram não sendo feitos. Mas, no final das contas, quero ser honesto comigo mesma e canalizar minha carreira como o instinto me guia. Continuarei a me dedicar a isso, porque eu adoro, mas já não vale mais a pena. Agora eu quero me encontrar. Acabei de completar 30 anos e tudo o que sei é que eu abri uma folha em branco para começar tudo de novo. E esse é o único compromisso na minha agenda até novo aviso.”
Fonte | Tradução – Equipe María Valverde Brasil e Laura C.
Lindos! María e Gustavo foram flagrados mais uma vez enquanto passeavam por Madri, Espanha. Adicionamos as fotos que foram liberadas em nossa galeria:
Fofos! María e seu marido Gustavo Dudamel foram fotografados enquanto passeavam por Madrid, Espanha. Vejam as imagens na galeria:
Prestes a se apresentar em Madrid, Gustavo Dudamel, marido de María Valverde, participou de uma coletiva de imprensa para falar sobre o concerto, e, como sempre, o maestro foi questionado sobre seu relacionamento com a atriz espanhola.
Dudamel foi muito atencioso em sua resposta, confiram abaixo:
Para muitos você é apenas ‘o marido da María Valverde’, isso te incomoda?
Como isso vai me incomodar? Por Deus, não! Estou muito apaixonado pela María. Nos conhecemos a um tempo, cerca de 6 anos desde que trabalhamos juntos, quer dizer, não trabalhamos juntos, fiz uma música para seu filme e nunca a conheci pessoalmente, isso aconteceu muito tempo depois. Estamos muito felizes, tenho muito orgulho dela, ela é uma grande artista e nos entendemos muito bem… adoro ela, eu a amo, o que mais posso dizer?
A María se da bem com música?
Ela adora música, amamos música. Ela me ensinou muito sobre isso. Há muitas coisas que eu não conhecia, além de Müller e Beethoven, eu realmente gosto de Pink Floyd, adoro Led Zeppelin, Bach Boys, Coldplay… ela também me mostrou muita música.
Por exemplo?
Há muita música acústica que eu não conhecia e agora eu escuto muito. Eu costumava ouvir muito Beethoven, Mozart e coisas desse tipo. Veja, eu sou muito ruim, confundo/misturo os nomes, mas são muitos.
Fonte | Tradução – Equipe María Valverde Brasil
Sendo capa da nova edição da Esquire, Gustavo Dudamel, marido de María, concedeu uma entrevista exclusiva para a revista, e durante o bate-papo o maestro citou a atriz. Leia tudo traduzido abaixo:
MARÍA, A INSPIRAÇÃO
Todo músico tem um autor que o consola, um trabalho ao qual ele sempre retorna para buscar abrigo quando sente vazio. Dudamel e Bruckner produzem sensações idênticas de alegria. “Mas o que eu realmente ouço nesses momentos de necessidade são os boleros, eu sei que muitos deles são tristes, nostálgicos, dolorosos… mas eles me levam de volta à infância, Beethoven levanta meu espírito, Mozart me enche. E quando estudo John Adams, sinto-me novo”. Agora ele tem o sonho de dirigir El Anillo de Wagner, ele fez uma seleção das pontuações na época, mas quer enfrentar o trabalho completo. Uma autêntica montanha. “Há trabalhos complexos que você precisa esperar, você não está preparado para eles em todas as fases de sua vida, mas não há trabalhos impossíveis”.
Antes de dizer adeus, analisamos mentalmente alguns nomes, algumas figuras que fazem parte da harmonia e de sua vida. Do seu tempo. Abbado? “Claudio! Uau! Um pai, um amigo… um professor.” Abreu? “É tudo.” Domingo? “Artista imenso e infinito. Pessoa maravilhosa.” Martín (seu filho)? “Ternura e esperança”. Ficamos um pouco mais sérios: Nicolás Maduro? “Uff! (silêncio) É um mistério, complexo e escuro.” Chávez? “Foi diferente, foram tempos diferentes… É muito difícil definir um político agora, sabemos que há muitos lados…” Leopoldo López? “É impossível adjetivo um político, quem quer que seja. Nós só vemos o que acontece no palco, mas é assustador olhar nos bastidores.” Trump? “Cacofonia.” María Valderde? “O amor. A inspiração. Você me diz seu nome e tudo se expande… Onde está a alma, no externo? María é a razão de ser. Amor, absoluto e transparente. Desculpa se com outros nomes não tenha sido tão claro.”
Fonte | Tradução – Equipe María Valverde Brasil