Na conferência de imprensa de Gernika em Málaga, María Valverde concedeu uma entrevista e realizou um ensaio fotográfico exclusivo para o site SUR. Vejam:
Agora que você viveu tão intimamente a censura, mesmo no cinema, você tem uma visão diferente sobre o termo de liberdade de imprensa?
Me fez ter muito mais respeito pelo jornalismo e valorizar a importância da liberdade de expressão.Você já viveu bastante a pressão da imprensa (devido a relação de quatro anos que você teve com Mario Casas). Você simpatiza mais com os jornalistas agora?
É diferente. Creio que o jornalismo é outro quando apresentamos um filme ou um projeto. Nós temos que fazer a divulgação.Depois de assistir ao filme, alguns telespectadores comentaram que não se parecia com um filme espanhol. Há muito trabalho complexo no cinema espanhol?
Temos muita complexidade. E me dá raiva, porque temos tão bons profissionais com tantas qualidades que me sinto um pouco ofendida quando dizem que não parecemos espanhóis. Somos todos espanhóis. A equipe é espanhola e a qualidade deste filme é brilhante.Você gravou com Ridley Scott e dizem que tudo que ele toca vira ouro…
Eu espero! Durante esses 14 anos eu já fiz filmes que foram um sucesso, outros que passaram despercebidos e outros que foram horríveis. Mas oque sempre é lembrado é bom.Você já tem uma carreira bastante larga e prolífica…
O que eu gosto na minha carreira é que ela tem uma forma anatômica. Faço coisas grandes, coisas pequenas, vou me movendo…Agora você acumula novas estreias de filmes de época, porque você fez “Ali and Nino”, “La Carga” e “Gernika”.
Suponho que é porque eu tenho cara de antiga. Minha beleza é distinta. Meu nariz faz parte da minha personalidade e eu amo. Aliás, creio que meu nariz está me ajudando muito na minha carreira. E eu tenho cara de nada, acho que é isso que também me ajuda na hora de incorporar personagens.E como te conhecem em Hollywood?
Acredito que não me conhecem muito. Em vez disso, me sinto uma turista. Eu gosto muito da Europa. Agora estou trabalhando na França em um projeto, estou apaixonada. Creio que nesta parte do mundo se fazem coisas com muita qualidade.O que resta de “Maria Valmarte”? (Apelido que recebeu na escola pela sua vontade de se tornar uma astronauta.)
Tudo! Ainda estou nas nuvens como um (risos). Sigo a mesma essência, me sentindo mais experiente e menos inexperiente.Mas já não quer ser uma astronauta…
Exato. Agora eu quero ser uma escultora ou ceramista… (Risos)Começou no cinema aos 16 anos ganhando um Goya, isso a fez com que renunciasse de muitas coisas. Agora você se mudou para Londres e está recuperando o tempo perdido. Como está sendo essa atualização?
Muito boa, tudo está sendo como planejado. Estou mais livre, quero aprender mais, quero ganhar mais conhecimento e quero ver o mundo.É melhor fazer isso fora?
É importante sair e voltar. Saber que sempre você voltará te da muita tranquilidade na hora de ir.
Fonte | Tradução – Yasmim