Boa notícia para quem ainda não conseguiu assistir “Gernika”: você terá chance de ver o filme diversas vezes no canal Max!
O longa já esta na programação do canal e reunimos todas datas e horários de exibições nessa postagem:
Guernica
Diante de uma guerra, a primeira a ser perdida é a verdade.
Em Guernica, no norte da Espanha, um repórter americano e uma espanhola responsável pela censura da imprensa local lutam pela liberdade de expressão e pelo jornalismo ético logo após a cidade ser bombardeada pelos alemães. Filme baseado no bombardeio de Guernica, estrelado por James D’Arcy, María Valverde, Burn Gorman e Jack Davenport.
Confira qual é o número do canal na sua TV:
María concedeu uma entrevista para o programa Àrtic BTV durante a divulgação de “Gernika”, ela falou sobre sua carreira e alguns filmes. Assistam o vídeo completo:
Foi ao ar ontem, 13, uma entrevista gravada na semana passada com María Valverde e Ingrid García Jonsson para a rádio esRadio. Assistam o bate-papo completo abaixo:
Traduzimos mais duas entrevista de María durante a divulgação de Gernika: uma para o site No Submarines e outra para o Deia. Leia na íntegra:
No Submarines
A atriz tinha uma programação apertada, por isso foi feita uma mesa redonda para or jornalistas de meios diferentes, e essa foi nossa pergunta para ela:
NS: Se inspirou em Constancia de la Mora?
MV: Sim, porém com muitas diferenças já que não se queria fazer uma biografia sobre ela, tanto Koldo Serra como os roteiristas, me proporcionaram um dossiê completíssimo e bem organizado de como era a Teresa, minha personagem, e não tive que beber de outras fontes.Deia
DEIA: O que significa gravar uma história que marcou um povo e que se viu refletida em algumas obras artísticas, literárias…?
MV: Muita responsabilidade. Ter a sorte de contar com testemunhos em primeira pessoa de vítimas e familiares foi incrível e sobretudo, a ilusão que teria ao fazermos um filme sobre o que aconteceu.DEIA: Essa responsabilidade se transformou em pressão na hora de preparar sua personagem?
MV: Não pensei nisso quando a preparava, porquê estava muito bem escrito e tinha muita informação de onde Teresa vinha, quem era, em quem era inspirada. Quis levá-la para mais perto de mim para poder crescer com a personagem durante o filme.DEIA: Então há muito de você na Teresa…
MV: Sim. Sobretudo no momento em que filmamos porquê estava muito cansada fisicamente de um filme anterior e esse cansaço físico passou para o emocional e para a criação de uma mulher muito fechada e um pouco bloqueada, com poucas ilusões, realmente. Durante o processo do filme vai se contagiosamente e recuperando essas pequenas doses de ilusão.DEIA: E o que a Teresa trouxe para você?
MV: Mais capacidade de aprendizado.DEIA: Em que se inspirou para preparar o papel?
MV: Tive como referencia Constancia de la Mora, que foi a primeira editora-chefe da oficina de imprensa de Madri. E a partir daí, a história que havia por trás de Teresa, a imagem paterna que para ela é tão importante, a relação que tem com seu pai, gostei muito de começar a criar personagem desde essa necessidade do pai e de esse sentimento de perder. É por isso ela tem que ser tão valente, se fazer valer por ela mesma em um mundo de homens.DEIA: A figura da mulher é forte em Gernika…
MV: Sim. O bom desse filme é que a figura feminina é muito forte em contraposição à do homem. Não somente a personagem da Teresa, também a que representa Ingrid García Jonsson, incluindo a de Irene Escolar, mesmo que seja a menina que está iludida porquê vai casar. O papel feminino é muito forte. Acredito que isso enriquece muito o filme.DEIA: Há uma mistura de muitos idiomas… Como se sentiu?
MV: Muito incomodada. Porém gosto de me sentir assim. O fato de não falar sempre em espanhol e misturar o inglês e ter a oportunidade de aprender euskera, a dizer algumas coisas… me ajudou a me encontrar muito desajeitado e é como eu mais gostei de me sentir.DEIA: O que destacaria do filme?
MV: A honestidade com que é contado, a elegância em que é filmado, e a história dos personagens, que no fundo acredito que é uma desculpa para te levar a viver em primeira pessoa o bombardeio. De fato, para nós como atores também foi muito interessante o ocorrido que fizemos porquê o filmamos cronologicamente. O bombardeio foi ao final de tudo e tivemos a sorte de estabelecer as relações entre os personagens antes para poder desenrolar depois, na última parte. E acredito que isso vai chamar a atenção.DEIA: Nessa última parte se condensa toda a brutalidade, a crueldade, o horror…
MV: Foi muito complicada a filmagem. Sobretudo emocionalmente porque todos que trabalharam no filme, equipe técnica e artística, éramos muito conscientes de que o que estávamos gravando era verídico. E tivemos a sorte de que os efeitos especiais fossem reais. Não sei quanto há de pós-produção, mas como atriz eu vivi muitas explosões e era totalmente coreografado porquê em cada sequência havia dispositivos que explodiam. Era impecável como estava ambientado. Viver isso em primeira pessoa foi um presente para nós.DEIA: Que projetos tem em mãos agora?
MV: Tenho para estrear quatro filmes mas não sei se chegaram à Espanha e tenho também um projeto para outubro.DEIA: Como vê a evolução da cultura cinematográfica na Espanha em comparação com os outros? Quanto a criatividade, inversões…
MV: Na Espanha temos um grande handicap do dinheiro. Não podemos fazer muitos projetos por falta de dinheiro, pro falta de ajudas. Mas no sobra talento. Temos grandes cineastas e técnicos que fazem um verdadeiro espetáculo e um claro exemplo é Gernika, é brilhante o trabalho técnico que há por trás. Eu acredito que nos falta acreditar também. Temos tendência a ser muito chorões e isso é um problema. Mas eu não vejo muita diferença, além do dinheiro, mas isso é evidente.DEIA: Se te pedissem que olhasse para trás e visse tudo o que passou como atriz… o que diria?
MV: Nunca me vi estando onde estou e não tenho uma imagem do que quero ser. Desde sempre me deixei levar, trabalhando muito e correndo riscos.DEIA: Quando soube que queria se dedicar a isso?
MV: Desde pequena. Foi mais uma brincadeira absurda do que me querer ver em uma tela. Mas acabou se tornando sonho e o sonho se tornou realidade.
Foi ao ar hoje (12), a entrevista de María Valverde programa matutino Arriba España. Assista:
Para finalizar a divulgação de “Gernika”, María Valverde e o diretor Koldo Serra estiveram em Barcelona para uma serie de entrevistas e uma apresentação do filme para o público. Confiram fotos e vídeos abaixo:
Leiam a entrevista que María Valverde concedeu para o site Barnafotopress na press junket de “Gernika” em Barcelona:
Sua personagem é uma censora, mas parece que ela não gosta muito disso, certo?
Teresa queria ser uma escritora. Mas na situação que se encontra, precisa ser censora. É muito triste não ser capaz de dar às pessoas a liberdade que desejam, mas graças ao Henry as coisas começam a mudar.Como você se sente interpretando um papel de alguém mais velho?
Eu pareço ser mais nova e isso é uma desvantagem. Deveria parecer mais adulta, naquele tempo o conceito de idade era diferente. Tinha que estar preparada para lidar com homens muito mais agressivos e duros.O que foi mais complicado?
Ter que falar espanhol, inglês e basco. Foi difícil e tive que pensar de maneiras diferentes.O filme fala sobre o drama humano na guerra.
A situação em que vivem é muito complicada, nem sempre podem fazer o que querem… E no fim tudo acaba em bombardeio que ninguém imaginou que chegaria.Você já fez personagens muito diferentes…
Já fiz muitos dramas e apenas uma comédia… e drama sempre acaba sendo um desafio para mim.Você aprendeu alguma coisa com sua personagem?
Ela me deu mais conhecimento e ferramentas que eles tinham [na época]. A capacidade de compreender idiomas diferentes. Cada vez é como se tivesse passado em um teste.Como reagiria se vivesse – hoje – na guerra?
Todas as guerras são iguais e desempenham o mesmo papel. Não importa o tempo, o estrago é o mesmo. É uma guerra.Qual é o melhor e o pior lado de sua personagem?
Eu gosto de sua capacidade de compreender, analisar as pessoas, isso é bom para o seu trabalho. O pior: quão rude ela pode ser, como é seca…Sua personagem tem de se adaptar a um momento trágico.
Ela está onde quer estar, ela escolheu ficar ali, e isso é uma decepção. Ela teve que viver nesse ambiente e nesse contexto, não poderia ser diferente. Então teve que se adaptar e fazer o seu melhor trabalho.Para finalizar, é mais um filme que fala sobre a guerra civil e você já fez outros personagens que estavam na mesma situação…
Na Guerra Civil aconteceram diversos eventos, então podemos contar muitas historias… sobre milhares de pessoas diferentes. Eu participei de 3 filmes sobre a guerra civil e nenhum deles são parecidos. Toda vez que vemos um filme sobre a Guerra Civil temos que remover a ‘venda’ e desfrutar das histórias.
Fonte | Tradução – Equipe María Valverde Brasil
Ontem, 07 de setembro, María Valverde e o resto do elenco de Gernika estiveram em Bilbau para divulgar o filme. Vejam fotos e vídeos da apresentação e premiere na cidade:
Durante a press junket de Gernika em Madrid, María Valverde conversou sobre o filme, sua carreira e muito mais com o site ABC.es. Leiam o bate-papo traduzido:
María Valverde, que é uma mulher muito ativa nas redes sociais, escrevia no domingo em seu twitter: “Preparada para uma semana agitada. Chega ‘Gernika’: as emoções de James D’Arcy na filmagem sobre o bombardeio de 1937”. E assim a atriz espanhola iniciava a propaganda do filme que trata sobre o terrível bombardeio que a Legião Condor realizou sobre o povo basco e que depois imortalizou Picasso. É um filme dirigido por Koldo Serra e protagonizado pela atriz espanhola, James D’Arcy e Jack Davenport.
O filme, descrito pela crítica como um clássico puro, conta uma fugaz história de amor entre uma censora de imprensa da República e um jornalista americano que seguia a guerra espanhola e que se mostra desencantado com sua profissão e quase da vida. Justo nesse momento, na desilusão, se encontram ambos os personagens poucos antes que chegue o massacre de civis realizado por aviões alemães.
A atriz, com o filme prestes a sair do forno (estreia nesta sexta-feira) contou à ABC suas impressões sobre o filme de Serra:
Surpreende que olhando para trás não se tenha feito nenhum filme sobre Guernica.
Está certo, parece estranho a todos que trabalhamos no filme porém não tenho nenhuma ideia do porquê ter sido assim. Acredito que tenha sido feito algo no País Basco mas era para a televisão e não foi a nível nacional.O filme parece bastante duro e às vezes até devastador.
Eu tenho essa sensação. Na realidade tenho duas versões, uma como atriz e outra como espectadora. Porém me parece dura sim porquê a verdade é que o filme não se posiciona. Se vê somente a versão dos jornalistas que também são da imprensa internacional. Era muito importante a objetividade porém apesar de conseguir alcançá-la o filme saiu muito duro por tudo que acontece.Tem certo tom atual porquê agora assim como antes passa por cima dos símbolos, da cultura, da ética, de tudo. Antes eram os rifles e agora é o dinheiro.
Está certo, esse passar por cima dos valores é algo que faz parte da humanidade e da história. Em uma guerra nada importa, nem sequer as vidas das pessoas. Os personagens do filme são uma consequência do que acontece e se vê perfeitamente como os de cima os movem como marionetes.O princípio da selvageria.
Também foi o princípio da barbárie porém não sei se é o princípio exatamente porquê não sei onde está o começo exato. O que sei é que a ciência certa é que, de alguma maneira, toda a história volta a repetir-se, mesmo que adaptada ao tempo em que se vive. O bom desse filme é que está contando um feito que até agora não havia se explicado de forma clara e convincente.É curioso o desencanto dos dois protagonistas, que é equivalente à desilusão da sociedade atual.
É algo que Koldo explica muito bem, como os personagens estão desencantados da vida que levam, sobretudo no caso da minha personagem, que é censora, porém porquê tinha sido levada a ser, não porquê era a vida que queria. E Henry, o jornalista americano, está num lugar equivocado, em um lugar que ele não quer estar.Classificaria o filme como sombrio e obscuro?
Hummm. Sim, pode ser. É verdade que é incômodo, mas porquê é um filme muito honesto. Quer ensinar uma realidade sem tentar manipular o espectador. É simplesmente um espelho, porém tem um pouco de luz quando a história de amor começa. O que acontece é que em seguida chega o bombardeio e tudo fica escuro novamente.O objetivo do filme era ser equidistante?
Sim, Koldo sabia o que queria ensinar. O importante era ter uns personagens para chegar no momento crucial, que foi o bombardeio bestial que se vê no filme.Dizem que Gernika é um filme de aparência clássica.
Não sei se é a palavra exata. Eu o classificaria como elegante e também muito espetacular. É bonita de se ver apesar do desconforto que causa com o que se vê.Em um nível pessoal está exausta, não para de trabalhar.
Pois a verdade é que sim. Desde os 15 anos, quando fiz meu primeiro filme, trabalhei muito. Acredito que fiz 25 filmes em 14 anos. Não sei bem. Meu pai que sabe bem a conta. O bom é que estou trabalhando em diversos países, falando vários idiomas e me sinto orgulhosa da minha carreira.Você previa trabalhar por todo o mundo?
Não planejei nada. Nunca o fiz. Ao final me deixo levar pelo momento e assim desfruto o caminho. Se me representa um desafio aprender um idioma, pois faço o filme e durante eu aprendo.Deve ter facilidade com os idiomas porquê fala espanhol, inglês (perfeitamente), francês e italiano.
Sim e não. Depende porquê, por exemplo, o euskera me custou muito. E isso que no filme só o falo em três ou quatro cenas, porém não sei, me passava muito respeito. Falo o que me vão pedindo. Um ator tem que estar aberto ao que surgir neste aspecto.Vive em Los Angeles agora?
Pois não sei te dizer. Realmente vivo em um avião. Não tenho base fixa porém é como eu gosto de viver. Agora passo mais tempo em Los Angeles, mas também estou aqui e, no geral, vou onde tenho que estar.O que te chama mais atenção no panorama cinematográfico atual?
O que mais que interessou são os projetos pequenos. Eu sempre gostei do cinema independente.E o daqui, como o vê?
Uh, fenomenal. Na semana passada tivemos quatro estreias espanholas, não? Está se vendo muito movimento e também dá resultado. Há comunicação com os espectadores porquê o público espanhol está comprando o cinema nacional. Creio que tínhamos um rótulo e isso era ruim. Temos que nos apoiar mutuamente.Já sei que não gosta de se pronunciar a respeito, porém tem muitos projetos na manga?
Estou preparando um filme porém ainda não posso dizer nada a respeito. Tenho dois filmes ingleses e dois franceses, mas não sei se vão distribuir aqui. O certo é que tenho feito muitas coisas que não saíram aqui. É uma lástima e me dá muita pena.Vivendo em Hollywood e dominando o inglês como domina teria mais oportunidades para trabalhar naquela indústria.
Francamente, acho muito difícil. Ela funciona de outra maneira. Não acredito que me saía nada a respeito. De qualquer forma não é algo que tenha entre meus objetivos. O que importa é o que me disse há pouco um diretor de cinema: “María, o que tem que fazer é escolher um bom roteiro, uma boa história”. E isso é o que tento fazer. Isso é o mais importante.
Fonte | Tradução – Larissa F.
Nessa manhã, María Valverde e o diretor Koldo Serra estiveram na rádio RNE para falar sobre Gernika. Ouça o bate-papo completo: