Leiam a entrevista que María Valverde concedeu para o site Barnafotopress na press junket de “Gernika” em Barcelona:
Sua personagem é uma censora, mas parece que ela não gosta muito disso, certo?
Teresa queria ser uma escritora. Mas na situação que se encontra, precisa ser censora. É muito triste não ser capaz de dar às pessoas a liberdade que desejam, mas graças ao Henry as coisas começam a mudar.Como você se sente interpretando um papel de alguém mais velho?
Eu pareço ser mais nova e isso é uma desvantagem. Deveria parecer mais adulta, naquele tempo o conceito de idade era diferente. Tinha que estar preparada para lidar com homens muito mais agressivos e duros.O que foi mais complicado?
Ter que falar espanhol, inglês e basco. Foi difícil e tive que pensar de maneiras diferentes.O filme fala sobre o drama humano na guerra.
A situação em que vivem é muito complicada, nem sempre podem fazer o que querem… E no fim tudo acaba em bombardeio que ninguém imaginou que chegaria.Você já fez personagens muito diferentes…
Já fiz muitos dramas e apenas uma comédia… e drama sempre acaba sendo um desafio para mim.Você aprendeu alguma coisa com sua personagem?
Ela me deu mais conhecimento e ferramentas que eles tinham [na época]. A capacidade de compreender idiomas diferentes. Cada vez é como se tivesse passado em um teste.Como reagiria se vivesse – hoje – na guerra?
Todas as guerras são iguais e desempenham o mesmo papel. Não importa o tempo, o estrago é o mesmo. É uma guerra.Qual é o melhor e o pior lado de sua personagem?
Eu gosto de sua capacidade de compreender, analisar as pessoas, isso é bom para o seu trabalho. O pior: quão rude ela pode ser, como é seca…Sua personagem tem de se adaptar a um momento trágico.
Ela está onde quer estar, ela escolheu ficar ali, e isso é uma decepção. Ela teve que viver nesse ambiente e nesse contexto, não poderia ser diferente. Então teve que se adaptar e fazer o seu melhor trabalho.Para finalizar, é mais um filme que fala sobre a guerra civil e você já fez outros personagens que estavam na mesma situação…
Na Guerra Civil aconteceram diversos eventos, então podemos contar muitas historias… sobre milhares de pessoas diferentes. Eu participei de 3 filmes sobre a guerra civil e nenhum deles são parecidos. Toda vez que vemos um filme sobre a Guerra Civil temos que remover a ‘venda’ e desfrutar das histórias.
Fonte | Tradução – Equipe María Valverde Brasil