Mais uma! María concedeu uma entrevista ao site ABC, leia na integra:
Em 2016, gravou quatro filmes, tem mais outros três para estrearem. Certamente é um bom momento…
Esta sendo um momento precioso, em que os projetos em que eu tenho trabalhado nos últimos anos, estão estreando. Agora estréia “Ali e Nino”, “The Limehouse Golem”… E em outubro chegará à Espanha um filme de Cédric Klapisch, “Ce quie nous lie”. Aliás, em 15 de setembro estarei apresentando “Plonger”, de Mélanie Laurent no Festival de Toronto! Estou muito feliz, porque de algum modo, se encerra um ciclo e começa outro que farei por completo. Desconheço se estou na melhor fase de minha carreira, suponho que isso poderá melhorar com o passar do tempo.
Como foi seu salto para o cinema Anglo-saxão?
Meu primeironfilme britânico foi “Cracks”, de Jordan Scott. Dali, tive a oportunidade de gravar “Exodus”, de Ridley Scott e logo vieram “Ali & Nino” e “Limehouse”. O processo tem sito muito lento e sempre com muito esforço e dedicação. Não é fácil trabalhar com um idioma que não é seu, mas tenho muita sorte de ter ganhado a possibilidade de ter maravilhosos personagens em grandes filmes.
Gravar em inglês significa desafios para você? Você mudou seu modo de interpretar ao trocar de idioma?
Não é fácil filmar em um idioma diferente, mas termina sendo muito gratificante quando você se supera. Tenho que trabalhar o dobro e isso me faz sentir viva. Adoro os desafios e descobrir facetas minhas que eu desconhecia. No momento em que falamos em outro idioma, nossa personalidade muda porque temos que adaptar para o vocabulário que conhecemos… Mas pouco a pouco nos descobrimos quem somos falando esse idioma.
Em “Ali & Nino”, você reivindica um ‘feminismo’, mesmo que da maneira da época. Quais referências te fizeram se preparar para o papel?
Durante o processo de ensaios, eu fiquei várias semanas vivendo no Azerbaijão para me integrar totalmente em sua cultura e em sua população, isso me ajudou muito. Aprendemos coisas do Azerbaijão, tivemos que praticar uma dança tipica de Baku r isso nos ajudou muito a entendermos melhor nosso personagens. Todas as mulheres nas quais eu tive contato me ajudaram de uma forma, sem elas perceberem. Foram essas características que me ajudaram a criar a Nino. No final, não foi um personagem fácil pelo arco emocional, mas foi o mais bonito que eu vivi.
A história é uma espécie de Romeu e Julieta da Ásia. Acredita na ideia de amor com muito romance?
Absolutamente. Por isso a história de “Ali & Nino” me encantou. É um filme romântico do início ao fim. O amor sem romantismo não é amor, pelo menos para mim. O romantismo é algo mágico.
Você acha que o público espanhol terá dificuldades de entender uma história de amor por ser representada por personagens asiáticos?
Não. É uma história universal e infelizmente não tão distante do que acontece nos dias de hoje pelo mundo… Mas no fim, é um conto sobre a vida e amor.
Que influência a religião tem em relação aos problemas que vemos no filme?
A maior influência é a intolerância que os seres humanos tem com os diferentes e tudo isso nos da medo. Porque do medo é de onde nascem os conflitos.
O que você aprendeu para a sua rotina depois de gravar esse filme?
A seguir aprendendo novas culturas e religiões diferentes. A vida é maravilhosa e poder conhecer o mundo todo através de pessoas é o que me faz amar a vida.
Você sentiu a pressão por fazer um personagem tão popular para muitas pessoas que leram o livro e sabem da história do filme?
A verdade é que eu não senti pressão. Desfrutei muito da experiência e para mim foi um presente fazer parte de uma história tão bonita.
Fonte | Tradução – Yasmim